Muitos são os jogos que não possuem qualquer tipo de história. Dão-nos os objectivos, explicam a jogabilidade e toca de passar os níveis até se chegar ao final. Este género de jogos, sem narrativa, estão normalmente relacionados com jogos casuais, fáceis de jogar, simples e em que o principal objectivo, é proporcionar diversão imediata ao jogador. Neste estilo de jogos é compreensível que a existência de uma história seja completamente posta da lado, não só porque a implementação da mesma exige mais trabalho e tempo à equipa de produção, como também pode corresponder a gastos muito superiores aos que esse género de produtora consegue normalmente suportar. Ao mesmo tempo, como o objectivo desse género de jogos é satisfazer no imediato, a implementação de uma história não só é desnecessária, como pode mesmo ser vista como algo que está a mais, já que faz o jogador perder tempo com algo que não está interessado.
No entanto, a minha opinião é que mesmo assim ao dar a um jogo uma narrativa, por muito simples que seja, torna o mesmo muito mais interessante. E quando eu digo uma narrativa simples, refiro-me mesmo a uma narrativa muito simples, como por exemplo o caso de Angry Birds, onde a narrativa é salvar os ovos dos porcos malvados, cometendo suicídio para o fazer. Mais simples que isto é impossível, mas ninguém pode negar que quando se falha um tiro e se vê os porcos a rirem sente-se uma enorme raiva e não se consegue parar de jogar, até que todos os porcos tenham sido destruídos e os ovos levados de novo para o ninho.
Por outro lado, quando um jogo não tem qualquer tipo de história, não existe mais nenhum objectivo para além de passar ao nível seguinte e ou é algo tão genial e viciante como Tetris, ou ao fim de alguns níveis torna-se aborrecido e as pessoas deixam de jogar porque perdem o interesse. O motivo é simples, não há nada de novo, as acções que o jogador vai praticando ao longo dos níveis, repetem-se sem nenhum objectivo concreto. Chegar ao nível vinte, ou ao cinquenta, a única coisa que traz de novo é ter concluído mais níveis. O que pelo menos a mim, com excepção daqueles casos tão bem feitos, que o simples facto de passar mais um nível é satisfatório que chegue, sabe a pouco e torna o jogo aborrecido, ao ponto de rapidamente me fartar dele.
![]() |
Pacman (1980) da Nanco.
Exemplo de um jogo se narrativa, apesar de extremamente viciante ao fim de umas horas, por ser sempre a mesma coisa ao longo de todos os níveis torna-se aborrecido.
|
Por outro lado, quando um jogo não tem qualquer tipo de história, não existe mais nenhum objectivo para além de passar ao nível seguinte e ou é algo tão genial e viciante como Tetris, ou ao fim de alguns níveis torna-se aborrecido e as pessoas deixam de jogar porque perdem o interesse. O motivo é simples, não há nada de novo, as acções que o jogador vai praticando ao longo dos níveis, repetem-se sem nenhum objectivo concreto. Chegar ao nível vinte, ou ao cinquenta, a única coisa que traz de novo é ter concluído mais níveis. O que pelo menos a mim, com excepção daqueles casos tão bem feitos, que o simples facto de passar mais um nível é satisfatório que chegue, sabe a pouco e torna o jogo aborrecido, ao ponto de rapidamente me fartar dele.
Assim, o que torna a narrativa tão importante para um jogo é o facto de quando existe uma história. O jogador sente que tem um objectivo a cumprir. Nem que seja inconscientemente, sente que as acções que está a praticar têm um propósito, que servem uma causa maior. Sente dessa forma que joga porque é a fazê-lo que consegue desbloquear o resto da história, que consegue desvendar o "mistério" e que consegue dessa forma, resolver com sucesso os problemas daquele Universo. Tornando assim o jogo mais viciante e ao mesmo tempo, mais satisfatório.
Concluindo, para mim, a narrativa num videojogo seja ele mais complexo, mais "a sério", ou mais casual. É algo completamente fundamental. Já que para além de tornar o jogo mais interessante, consegue ainda dar ao jogador objectivos e motivos para continuar a jogar. O que mais tarde acaba por lhe dar uma satisfação extra e lhe proporcionar mais prazer por ter concluído o jogo. E mesmo em jogos mais simples, onde a jogabilidade é tão boa, que a diversão e o vicio são garantidos, mesmo quando estes não possuem qualquer história. A introdução de uma narrativa nos mesmos, por muito simples que fosse, conseguiria tornar esse jogo ainda mais viciante e satisfatório, saindo assim os jogadores, sempre a ganhar.
Referências:
http://web.mit.edu/cms/People/henry3/games&narrative.html - Excelente artigo sobre a narrativa nos videojogos.
http://www.jesperjuul.net/text/clash_between_game_and_narrative.html - Os jogos como uma narrativa interactiva.
Referências:
http://web.mit.edu/cms/People/henry3/games&narrative.html - Excelente artigo sobre a narrativa nos videojogos.
http://www.jesperjuul.net/text/clash_between_game_and_narrative.html - Os jogos como uma narrativa interactiva.
Sem comentários:
Enviar um comentário