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Blogue que expressa de forma séria, ou nem tanto quanto isso, opiniões e divagações de temas tão diversos como jogos, artes digitais, cinema, música, banda-desenhada, literatura, animação, entre outras coisas que possam eventualmente surgir na minha cabeça. O objectivo é, após reflectir um pouco sobre um assunto, dar a conhecer ao Mundo a minha opinião sobre o mesmo, podendo dessa forma transmitir os meus ideais e quem sabe vir a influenciar outros através da palavra.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O realismo nos videojogos

Com a constante evolução da capacidade de processamento das consolas e computadores que tem vindo a ocorrer ao longo dos tempos. É cada vez mais fácil criar jogos ultra-realistas, que não só imitam de forma quase perfeita pessoas, lugares e acontecimentos do Mundo real. Como ainda proporcionam experiências cada vez mais realistas e intensas, ao ponto de por vezes quando se está a jogar, ser difícil perceber onde acaba o real e começa o falso.

Crysis 2 (2011) da Crytek.
Um dos jogos mais realistas alguma vez criados, que apesar de mostrar um ambiente fictício consegue proporcionar a sensação de real devido aos excelentes gráficos e forma realista e credível, com que as acções da personagem são feitas.



Uma das coisas boas do realismo nos jogos é que permite uma imersão no Mundo do jogo superior a qualquer outro tipo de experiência. Os motivos são simples, o jogo é tão realista, que o jogador consegue quase sentir que está realmente dentro daquele Universo, que faz parte do mesmo. Quebrando-se nesse momento a barreira mental que o faz perceber que está num Mundo fictício. Levando-o a acreditar e abstrair-se de tal forma do exterior que para ele naquele momento, o Mundo real é o do jogo. Isto permite experiências muito mais marcantes e intensas, justificando dessa forma o porquê deste género de videojogos ter vindo a crescer cada vez mais.

Para mim no entanto, esse realismo por vezes é levado tão a sério que os produtores de jogos se concentram tanto neste que se esquecem do que é verdadeiramente importante nos seus jogos. A experiência e a "diversão". E coloco diversão entre aspas porque um jogo não tem de ser divertido no sentido de nos divertir, mas antes do sentido de nos proporcionar uma experiência que nos entretenha, ou faça pensar, ou sentir coisas novas. Basicamente, uma experiência que nos faça sentir que o tempo passado a jogar aquele jogo foi bem empregue e não um desperdício. O que eu quero dizer com isto, é que por vezes se preocupam tanto com os gráficos e o realismo das acções dos personagens. Que deixam de lado, factores tão importantes como a narrativa, ou ainda mais grave a jogabilidade. Momentos em que eu sinto sinceramente que era preferível estar a jogar um daqueles jogos que não me deixa nunca esquecer que se trata de um jogo devido à falta de realismo do mesmo, Mas que me proporciona momentos tão agradáveis que sinto que o tempo em que o tive a jogar foi todo ele usado por um bom motivo.

World of Goo (2008) da 2D Boy.
Um jogo nada realista, que no entanto devido à sua fantástica jogabilidade e humor simples, mas divertido. Consegue ser bastante viciante e proporcionar grandes momentos de prazer a jogar o mesmo.


Os motivos são simples. Se um jogo é altamente realista, é mais fácil eu, ou qualquer outra pessoa entrar dentro desse Universo e esquecer o real. Mas se de repente existe nesse jogo, um elemento como a má jogabilidade, ou fraca narrativa que me fazem recordar que estou a jogar um jogo. O choque proporcionado, por esse regresso ao real é muito superior ao que ocorreria se os mesmos problemas fossem encontrados num jogo não realista. Que seria de certa forma, algo já esperado, pois eu já sabia que este se tratava de um jogo. Assim apesar de me maravilhar e deixar encantar com os jogos hiper-realistas, prefiro jogar um jogo que se assume como um elemento estranho vindo de outro Mundo, que me permite no entanto, interagir com ele. Do que jogar um jogo realista com falhas que acabe por me desiludir e frustrar. Pois se uma produtora tem como objectivo fazer um jogo realista, deve ter também como objectivo fazer um jogo sem falhas, quase perfeito. Que proporcione de facto uma experiência de jogo única e nunca antes vista.

Referências:

http://xenon.stanford.edu/~geksiong/papers/cs378/cs378paper.htm - Um interessante texto sobre realismo nos videojogos.


http://www.helium.com/items/624235-the-pros-and-cons-of-realism-in-video-games -Uma noticia que fala dos problemas dos videojogos em pessoas facilmente impressionáveis.

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